O ministro Teixeira dos Santos continua a manifestar o seu optimismo perante as sucessivas revisões em baixa das previsões de crescimento da Economia portuguesa para 2008. Um optimista, como o ministro, não pode deixar de apontar o pessimismo dos que dele mais se afastam. Trata-se de definir os limites do intervalo onde a realidade se alojará, sendo certo que o plano se inclina para longe do limite optimista que é o ponto de observação do ministro. No entanto, nem mesmo o ministro teve outro remédio que não fose escolher a previsão menos má nesta altura, seguro que estará que o que resta da confiança dos portugueses poderá estar a volatizar-se. Assim, escolheu a previsão do Banco de Portugal (1,7%) em alternativa aos 1,3 adiantados hoje pelo FMI. Os 2,2 % de previsão de crescimento do Governo são já apenas uma velha miragem. Mesmo aquela que aprecia como a pequena recompensa - vamos crescer menos mas estamos finalmente a convergir com a Europa - não terá passado de um argumento útil cujo prazo de validade se esfumou rapidamente.
Mas as notícias não são boas: o desemprego vai aumentar e como se sabe as maiores vitimas são os mais carenciados aqueles que pagaram com língua de palmo o combate ao défice.
Aqúele 1% do IVA podia ser muito útil para minorar o sofrimento que ainda vai aumentar.


 

Pedra do Homem, 2007



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