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Governo não vai assumir responsabilidades do BPP perante “grandes fortunas”
De acordo com os padrões do Governo esta medida inscreve-se numa linha de actuação que sempre recusou e que lhe foi exigida pelas diferentes oposições. A sua intervenção no BPP, por si considerada fundamental para garantir não só a estabilidade do sistema financeiro como até, psme-se, para assegurar a imagem exterior do Estado - lembram-se da inocente manchete do Expresso? - veio agora, finalmente, ser mitigada.
Claro que o Governo não recuou totalmente, apenas e só, face à manifesta oposição da população a esta intervenção sem sentido, resolveu recuar usando os argumentos dos que mais criticaram a aventura BPP. O Governo passou a fazer como dizem os por si chamados "descritores da crise" e esqueceu a arrogância "dos que actuam em situação de crise", com que se tinha mascarado.
Vai agora garantir os depósitos dos cidadãos inocentes e ignorar os problemas - que são deles e não nossos - dos accionistas e dos que, na feliz expressão de Louçã, jogavam as suas fortunas no casino internacional.
Fica-nos a dúvida da actualização que o banco fez dos 400 milhões que o Governo já nele injectou. Quem nos dá essa explicação?


escultura de Anish Kapoor, Chicago
Apesar de JCG já anteriormente o ter nomeado, reforço que é ler todo o artigo de Mário Soares e de outros que de facto pensam o Mundo e têm coragem para nomear as fragilidades que sempre aqui estiveram, à vista de todos, mas sentidas mais por uns do que por outros, é certo.
Nada que não tenda para o equilíbrio sobrevive no Universo, seja ele qual for.
Talvez não seja afinal tempo de ouvir a grande maioria dos políticos que temos, os banqueiros que temos, o poder que temos. É tempo de ouvir os que pensam realmente sobre as coisas e raramente têm voz. É tempo de ter coragem para marcar um ponto de partida e gerar uma nova tendência, para a qual, creio, as pessoas estão mais preparadas do que o poder que falsamente as representa.
" Esperemos que os políticos conheçam a História e tenham a coragem de livrar o mundo de novos cataclismos, lutando pela paz universal, pelo desenvolvimento sustentável e por mais justiça social e bem-estar para todos. Não são só receitas do socialismo democrático. São também uma forma de um novo capitalismo, regulado e esclarecido, preocupado com a justiça social e o ambiente, que suceda e substitua o capitalismo financeiro e especulativo, que tanto mal nos tem feito... "

O ministro Teixeira dos Santos continua a manifestar o seu optimismo perante as sucessivas revisões em baixa das previsões de crescimento da Economia portuguesa para 2008. Um optimista, como o ministro, não pode deixar de apontar o pessimismo dos que dele mais se afastam. Trata-se de definir os limites do intervalo onde a realidade se alojará, sendo certo que o plano se inclina para longe do limite optimista que é o ponto de observação do ministro. No entanto, nem mesmo o ministro teve outro remédio que não fose escolher a previsão menos má nesta altura, seguro que estará que o que resta da confiança dos portugueses poderá estar a volatizar-se. Assim, escolheu a previsão do Banco de Portugal (1,7%) em alternativa aos 1,3 adiantados hoje pelo FMI. Os 2,2 % de previsão de crescimento do Governo são já apenas uma velha miragem. Mesmo aquela que aprecia como a pequena recompensa - vamos crescer menos mas estamos finalmente a convergir com a Europa - não terá passado de um argumento útil cujo prazo de validade se esfumou rapidamente.
Mas as notícias não são boas: o desemprego vai aumentar e como se sabe as maiores vitimas são os mais carenciados aqueles que pagaram com língua de palmo o combate ao défice.
Aqúele 1% do IVA podia ser muito útil para minorar o sofrimento que ainda vai aumentar.

... à crise do subprime. Evidências deste facto, negado por Teixeira dos Santos:1) as declarações, sensatas, de Carlos Tavares, presidente da CMVM; 2) o fecho de um fundo de investimento por parte do BPI.


 

Pedra do Homem, 2007



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