"Dia da Europa: Durão Barroso recebe chaves de Lisboa"
António Costa tem sido uma decepção na gestão da Câmara de Lisboa. Passados este meses, após a sua eleição, não ressalta uma única iniciativa que. ainda que minimamente, indicie um programa para a Cidade ou uma ideia, pelo menos uma boa ideia. A passividade perante a governamentalização da frente ribeirinha de Lisboa e o silêncio perante alguns comentários pesados de José Miguel Júdice -o homem de Sócrates para essa zona- são disso testemunho.
A entrega da Chave da Cidade ao "camarada" Durão Barroso inscreve-se nessa vacuidade e nessa falta de sentido para a acção política que estão a caracterizar a actuação de António Costa.
A menos que essa atribuição seja um prémio para aquilo que Durão melhor personifica: a actividade política entendida como uma carreira em que o único objectivo é chegar o mais alto possível para colher o maior número de benefícios possíveis. Face a este novo contemplado Saramago e Carlos Lopes bem podiam devolver as suas chaves, subitamente desvalorizadas.
Quem sabe se António Costa não se revê, afinal, neste tipo de perfil político apenas esperando pela sua oportunidade para dar o salto. A julgar pela falta de ideias, pelo cinzentismo da sua actuação e pela falta de paixão com que exerce o seu cargo de Presidente da Câmara de Lisboa, talvez seja isso que lhe falte.


 

Pedra do Homem, 2007



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