O israelita que sucedeu a Mourinho na liderança do Chelsea está à beira de conseguir conquistar a Liga dos Campeões e a Liga Inglesa. Dois objectivos que Mourinho não desdenharia poder estar agora a conseguir. Claro que na nossa imprensa desportiva sucedem-se as mais disparatadas análises sobre quem é melhor treinador e aparecem teses patetas sobre os mérios de Grant. Mourinho é um enorme treinador com caracerísticas únicas que faz das suas equipas máquinas de ganhar. Mas não é um treinador que coloque as suas equipas a jogar um futebol espectacular como outros fizeram ao longo da hsitória. Grant é um grande treinador, com menos currículo do que Mourinho pelo menos até ganhar a Liga e a Champions, mas que permite à equipa e às individualidades uma maior liberdade. Esta época Mourinho falhou onde Grant corre o risco de triunfar. Esse facto não permite qualquer tipo de conclusão sobre o valor relativo dos dois. A menos que seja para satisfazer o nosso mesquinho desejo de grandeza expresso no facto de termos o maior número disto e daquilo, o melhor jogador do mundo, o melhor treinador do mundo, a melhor selecção do mundo etc.
Mas Grant merece uma referência especial porque sendo um tipo pouco mediático numa sociedade hipermediática e sendo alguém que consegue triunfar não esquece as suas origens e a sua história e por isso foi hoje ao campo de Auschwitz lembrar os seus familiares que aí foram mortos e que o seu pai foi obrigado a enterrar em campas por si abertas.
Mais do que um grande treinador Grant éum grande homem e isso não está ao alcance de todos.

PS - Bruno Prata escreve hoje no Público um texto sensato sobre a relação entre este Chelsea, Mourinho e Ronaldo. Para desenjoar da parvoice que por aí vai.


 

Pedra do Homem, 2007



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