Milhões de euros sem origem conhecida justificam buscas a Valentim Loureiro
Segundo a notícia os investigadores querem conhecer a origem dos fundos depositados em paraísos fiscais. Pura e simples curiosidade, já se vê. Mas, com toda a certeza, são certamente fundos de origem desconhecida.
Uma explicação possível para a sua origem é a seguinte: um dia ia o senhor Valentim Loureiro pela rua fora a falar ao telemóvel com o vice-presidente do Boavista, enquanto no outro telemóvel atendia o vice-presidente da Cãmara de Gondomar, quando o terceiro telemóvel, que trazia no bolso de trás das calças, tocou inesperadamente. Atrapalhado com tanta tecnologia tocante deu uma cabeçada num semáforo tendo ficado ligeiramente atordoado. Nesse preciso momento uma chuva diluviana de notas de mil quase que o soterrou. Já recuperado da mocada e fiel ao seu lema, "quantos são, quantos são", resolveu agir. Tomadas as devidas providências e convocados os serviços de transporte adequados, optou o senhor Valentim por colocar o dinheiro num paraíso fiscal, não existindo evidências de que o dinheiro tivesse alguma origem conhecida. Nessa altura o autarca terá confidenciado a alguns amigos, surpreendidos por ele ter enviado o dinheiro para tão longe da família, que dessa forma mais tarde ou mais cedo se saberia a origem do dinheiro já que, provavelmente, uma investigação policial aturada iria permitir sabê-lo.
O senhor Valentim Loureiro nunca se engana.


 

Pedra do Homem, 2007



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