Esta é uma questão que não está resolvia, está apenas abafada: a má qualidade da água de abastecimento em Sines. Trata-se de uma questão que se liga com outra mais vasta: a má qualidade do ambiente e a agressão a que os cidadãos desta zona, com destaque para os de Sines, estão sujeitos em termos de saúde pública.
Nesta altura o assunto está no centro da discussão política ente a CDU e os independentes que saíram daquela força política e que lideram o executivo municipal.
Não tenho uma visão moralista do debate político pelo que acho natural a discussão e legítimas todas as questões que se coloquem em cima da mesa. Não me interessam os argumentos dos que dizem que o actual Presidente da Assembleia Municipal apenas faz o que faz porque lhe interessa hostilizar o seu ex-camarada e adversário nas próximas eleições.
Mesmo que sejam verdadeiros estes argumentos, o presidente da Assembleia Municipal tem o dever inalienável de fazer tudo o que estiver ao seu alcance para esclarecer cabalmente esta questão. Deve fazê-lo enquanto subsista a mais pequena dúvida sobre a qualidade da água e sobre o nível de contaminação dos aquíferos.
A questão da nossa qualidade de vida não se compadece com moralismos, com silêncios e omissões. É necessário uma vez por todas conhecer em profundidade o estado do ambiente e da saúde pública em Sines, apurar responsabilidades políticas e encontrar soluções. Não podemos adiar a resposta a estas questões para as calendas. Eis um tema que estará, garantidamente, em cima da mesa na próxima campanha eleitoral autárquica.


 

Pedra do Homem, 2007



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