Grupo de académicos defende viragem à esquerda na política económica
Contra a tirania do pensamento único e como alternativa ao manifesto dos economistas-problema um grupo alargado de economistas e outros académicos propõem uma viragem à esquerda na política económica. Gente de diferentes sensibilidades políticas dentro da esquerda ma sque convergem na defesa de que "só com emprego se pode reconstruir a economia". Para copmbater o desemprego crescente propoem uma intervenção forte do Estado na economia. "O desemprego é o problema. Esquecer esta dimensão é obscurecer o essencial e subestimar gravemente os riscos de uma crise social dramática.A crise global exige responsabilidade a todos os que intervêm na esfera pública. Assim, respondemos a esta ameaça de deflação e de depressão propondo um vigoroso estímulo contracíclico, coordenado à escala europeia e global, que só pode partir dos poderes públicos." Propoem investimento público e regulação efectiva dos mercados financeiros e defendem que o " governo português deve então exigir uma resposta muito mais coordenada por parte da União Europeia e dar mostras de disponibilidade para participar no esforço colectivo. Isto vale tanto para as políticas destinadas a debelar a crise como para o esforço de regulação dos fluxos económicos que é imprescindível para que ela não se repita. Precisamos de mais Europa e menos passividade no combate à crise.Por isso, como cidadãos de diversas sensibilidades, apelamos à opinião pública para que seja exigente na escolha de respostas a esta recessão, para evitar que o sofrimento social se prolongue."
Ainda bem que não vivemos num regime dominado pela ideia única.
Entre os subscritores estão algumas da smelhores cabeças deste país algumas das quais são pouco mediatizadas apenas e só porque são de esquerda. Saliento os professores António Simões Lopes, Mário Murteira, Jorge Gaspar, José Reis, Boaventura Sousa Santos, Manuel Brandão Alves, Raul Lopes ou Francisco Louçã.


 

Pedra do Homem, 2007



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