Alegre afasta participação no programa do governo do PS
Alegre foi claro na sua declaração: "“António Vitorino seguiu outras vias, e quando se faz esta escolha [para fazer o programa do governo] ela tem um significado, tem um sentido, tem uma orientação, há uma diferença de pensamento, de estilo e de escrita muito grande. Seria necessário haver mudanças de políticas e de pessoas. Seria preciso um milagre para eu mudar e nestas coisas os milagres são difíceis”.
Os milagres, percebemos nós, são neste caso mudanças políticas que aproximassem o PS daesquerda que Manuel Alegre acha que faz falta na política e na sociedade portuguesas.
Não s eiludam. Não são as incompatibilidades literárias ou de escrita que tornam incompatíveis António Vitorino e Manuel Alegre. O que os incompatibiliza são as opções que cada um fez, o seu posicionamento político na sociedade, aquilo que representam no PS e no País.
O convite de Cravinho implicava esta resposta e esta clarificação. Julgo que seria esse o seu objectivo. Sócrates não fez nada para minimizar o espaço político que o separa da esquerda do PS e da esquerda do país. Já não terá tempo para isso.
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