Funcionário da Câmara do Porto suspenso por tentativa de corrupção
A Câmara do Porto, sob a liderança de Rui Rio, passou de ser um actor envolvido na corrupção ou suspeito de participação em esquemas corruptos, para ser um actor na luta contra a corrupção. No primeiro mandato, com o pelouro do urbanismo entregue a Paulo Morais, essa luta adquiriu uma dimensão exemplar. Sabe-se que as coisas mudaram entretanto e que algumas pressões espúrias levaram ao afastamento do conhecido ex-vereador, mas mantêm-se aspectos relevantes dessa política. A Câmara actua contra a corrupção e este caso é disso um testemunho. Esta corrupção aqui denunciada envolvendo funcionários com algum poder é, infelizmente, comum, sobretudo no licenciamento municipal. Essa corrupção não envolve apenas situações em que os funcionários visam obter proveitos materiais, acontece em situações de abuso de poder contra certas pessoas, incómodas para o "chefe", e visa apenas satisfazer o "chefe" e colher mais tarde os benefícios que ele, bondoso, distribui por quem melhor o serve.
Por isso Rui Rio, digam dele o que disserem - e existindo certamente boas razões para o criticar- goza sempre de alguma simpatia aqui por estes lados. Pelo que se sabe no Porto, uma cidade com uma população esclarecida e uma opinião pública independente, a simpatia reveste a forma de apoio político, independentemente de outros futebóis.


 

Pedra do Homem, 2007



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