Corre na cidade de Sines - não abundam as boas notícias nestes dias cinzentos, apesar do sol - que a Petrogal chamou as empesas prestadoras de serviços para lhes solicitar uma redução dos preços, no âmbito de uma política de redução dos custos.
A causa próxima para esta opção - que funcionará como um ultimato para as empresas - terá a ver com a redução dos lucros dos accionistas de referência, como o senhor Amorim, que, coitados, perderam alguns milhões de euros com a malfadada crise, e que foram, ainda que ligeiramente, impedidos de praticarem o preço que lhes apetecia na venda dos combustíveis, não embolsando dessa forma toda a margem que a descida do preço do petróleo lhe proporcionava.
Este conjunto de notícias têm apenas um conjunto de vitímas: as pequenas e médias empresas e os seus trabalhadores.
O silêncio profundo sobre estas questões conduz-nos ao Chico Buarque e á velha música em que ele cantava que a dor da gente não sai no jornal.
Não há muitos políticos capazes de aparecer a dar as más notícias. Do que todos gostam é de aparecer engravatados de sorriso afilado e pose para a fotografia e as televisões quando as notícias são boas.


 

Pedra do Homem, 2007



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