Oposição está a esticar a corda, alerta Ricardo Rodrigues
Esta declaração está alinhada com a anterior de José Sócrates que acusou a oposição de querer governar com base numa coligação entre a extrema esquerda e a direita. Ricardo Rodrigues é o vice-presidente da bancada socialista mas é ele e não Assis quem transmite a posição de Sócrates sobre cada dossier. A posição do partido é irrelevante porque como se sabe o partido não tem posição ou se tem ela é irrelevante.
Parece claro que a única estratégia de Sócrates é criar condições para provocar eleições antecipadas e tentar obter uma nova maioria absoluta. omo escreveu São HJosé Almeida no Público do passado sábado até que ponto "levará o PS a demagogia de explorar a ignorância da população sobre o sistema político" para provocar uma crise cujo fundamento é nulo.
De facto o Governo acaba de aprovar o seu Orçamento retificativo para o que contou com a colaboração do PSD, CDS/PP e PCP e a coberto do qual negociou um acréscimo de endividamento da madeira depois de Teixeira dos santos ter dito o que disse. Um sinal de crise e de instabilidade? De facto o Governo conseguiu aprovar com o PSD um acordo sobre a avaliação dos professores. Sinal de crise e de instabilidade? Afinal o que é que o Governo não conseguiu fazer? Foi obrigado a aceitar decisões da assembleia da república sobre o pacote anti-corrupção que, por razões nunca esplicadas, o PS não quer aprovar. Será que isto é motivo de crise e de grande instabilidade?
Bom o PS tem exagerado. E não se coibiu de fazer aquela triste figura do apelo ao Prsidente da República como se a Assembleia da República estivesse a invadir as competências próprias do Governo. Mas se isso acontece porque razão não coloca essa questão em cima da mesa da discussão política no locak próprio: a Assembleia da República. Não sabe o PS que a intervenção do Presidente da Repúbliva não tem fundamento do ponto de vista Constitucional? Clro que sabe, mas limita-se a explorar a ignorância política da população e isso é algo de que os socialistas têm uma aguda consciência.
O PS quer uma nova maioria absoluta para mandar a seu belo prazer, como fez nop assado recente, vetando o Parlamento à irrelevância e agredindo as "corporações" a seu belo prazer. Para fazer as reformas necessárias? Para sanear a dificil situação do país? A realidade em que nos encontramos responde a todas estas perguntas: a governação do PS, salvo alguns aspectos positivos, saldou-se por um enorme fiasco. A incompetência precisa do autoritarismo para sobreviver e esse só é possível com uma nova maioria absoluta. Com a oposição de pantanas, com o PSD á deriva sem liderança sem ideias e com a oposição de esquerda refem do seu radicalismo, cheira-lhes que a maioria absoluta pode estar por aí. É isso que os move e os excita.


 

Pedra do Homem, 2007



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