Os jornais e a RTP fizeram eco da notícia sobre a presença de hidrocarbonetos junto a uma das captações de água que serve o concelho. Pelo meio o Presidente da Câmara aproveitou para repetir a mesma lengalenga sobre os méritos da actuação da autarquia nesta matéria. Nenhum dos jornalistas entendeu ser necessário escutar o que tem para nos dizer a autoridade de saúde até para ficarmos a saber se está impedida de falar fora do âmbito dos comunicados conjuntos com a autarquia, promiscuidade que já aqui denunciei.
Nenhum dos jornalistas entendeu ser oportuno colocar algumas questões a que o Presidente da Câmara se recusa a dar resposta até agora e que são entre outras as seguintes:
1) Porque razão o Presidente da Câmara não interrompeu imediatamente o abastecimento, a partir da captação polémica, no dia 19-11-2008 só o tendo feito em 22 de Dezembero de 2009?
2) Que informações objectivas a autarquia obteve que estiveram na origem da decisão de interromper o abastecimento em 22-12-2009?
3) Que perigos para a saúde pública resultam do consumo de água contaminada com hidrocarbonetos?
4) Porque razão não está em funcionamento um sistema, o mais moderno e sofisticado possível, para monitorizar a qualidade da áua em Sines e em particular a situação dos hidrocarbonetos? Será que a Câmara não tem dinheiro para isso ou o seu Presidente considera - e considerou de facto ao longo de 12 anos de poder - essa questão irrelevante?
Será que o Presdiente da Câmara desconhece o grau de contaminação dos solos em vastas zonas da plataforma industrial e a consequente contaminação dos aquíferos com substâncias dificieis de detectar com os meios convencionais?
O Presidente da Câmara não tem resposta para nenhuma destas questões pela simples razão que a única resposta para a situação actual é uma só: incompetência, incúria e desleixo. As "Obras" de que o autarca tanto se vangloria não incluem, como todos sabemos, a defesa do ambiente e da saúde pública dos seus concidadãos.
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